sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Harry Potter, Elis e Belchior, por Isac Ness - Sugestão de Maria Eduarda


https://www.youtube.com/watch?v=FknITwpEPa0

Temas sugeridos para a prova de redação

1. Massificação da Cultura
    Subtemas: Diversidade Cultural
                     Analfabetismo Cultural
                     Identidade Cultural
                     Censura na Arte

2.  Preconceito Linguístico
      Subtemas: Variedades linguísticas
                        Liberdade de Expressão
                        Linguagem formal e Linguagem informal

3. Ditadura versus Democracia.
    Subtemas: Os três poderes: O Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
                      Direitos Humanos
                      Censura

Obs.: Ditadura: Subordinação dos poderes judiciário e legislativo ao poder executivo.
                           Repressão a toda e qualquer oposição política e ideológica ao governo.

          Democracia: Os três poderes apresentam uma relação de igualdade.


Nota: Texto Dissertativo-Argumentativo  (de 20 a 30 linhas)
       
                     
                     

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Releituras de Banksy - Temática: Imigrantes/refugiados

                                          Diálogo com a obra Os Miseráveis, de Victor Hugo
                                                         Ilustração do livro: Cosette
                                           Diálogo com  A Balsa da Medusa Théodore Géricault 


                                            Menino olhando para a Inglaterra  que fica a
                                            a 30 km do campo de refugiados
                                            (Calais - a Selva - demolido em 2016)


terça-feira, 16 de outubro de 2018

Intertextualidade - Crítica social

                                                        Banksy e a Guerra do Vietnã
                                           Menina Kim Phuc - foto de 1972 - Guerra do Vietnã

Fatos históricos que completam 50 anos em 2018


  1. AI5 - Ato Institucional de Número 5. 
  2. Assassinato de Martin Luther King Jr.
  3. Maio de 1968 - Manifestações estudantis na França. 
  4. Primavera de Praga.
  5. Ofensiva do Tet ( Invasão do Vietnã do Sul - apoiado pelos Estados Unidos, Coréia do Sul, Austrália e Tailândia - pelo Vietnã do Norte - apoiado pela União Soviética e a China)
  6. Missão Apollo 8, 1968 -  Corrida Espacial - Guerra Fria. 
  7. Música: Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré - 1968.
Outras datas: Constituição de 1988 - 30 anos em 2018.

                      Fim da Primeira Guerra - 1918  - 100 anos em 2018. 

                      Nascimento de Nelson Mandela - 1918 - 100 anos em 2018. 

Enem - Mais importante do que saber o tema é saber como fazer o texto dissertativo-argumentativo, no entanto, as sugestões de temas sempre ajudam.


https://www.infoenem.com.br/confira-os-20-possiveis-temas-da-redacao-do-enem-2018/

Uma crônica para meditar... Texto figurativo e temático


A propósito de uma aranha

Fiquei observando a aranha que construía sua teia, com os fios que saem dela como um fruto que brota e se alonga de sua casca. A aranha quer viver, e trabalha nessa armadilha caprichosa e artística que surpreenderá os insetos e os enredará para morrer. Tua morte, minha vida –  diz uma frase antiga, resumindo a lei primeira da natureza. A frase pode soar amarga em nossos ouvidos delicados, enquanto comemos nosso franguinho. Sua morte, vida nossa.
Os vegetarianos não fiquem aliviados, achando que, além de terem hábitos mais saudáveis, não dependem da morte alheia para viver. É verdade que a alface, a cenoura, a batata, o arroz, o espinafre, a banana,  a laranja não costumam gritar quando arrancados da terra, decepados do caule, cortados e processados na cozinha. Mas por que não imaginar que estavam muito bem em suas raízes, e se deleitavam com o calor do sol, com a água refrescante da chuva, com os sopros do vento? Sua morte, vida nossa.
Mas voltemos à aranha. Ela não aprendeu arquitetura ou geometria, nada sabe sobre paralelas e losangos; vive da ciência aplicada e laboriosa dos fios quase invisíveis que não perdoam o incauto. Uma vez preso na teia, o inseto que há pouco voava debate-se inutilmente, enquanto a aranha caminha com leveza em sua direção, percorrendo resoluta o labirinto de malhas familiares. Se alguém salvar esse inseto, num gesto de misericórdia, e se dispuser a salvar todos os outros que caírem na armadilha, a aranha morrerá de fome. Em outras palavras: a boa alma tomará partido entre duas mortes.
A cada pequena cena, a natureza nos fala de sua primeira lei: a lei da necessidade. O engenho da aranha, a eficácia da teia, o voo do inseto desprevenido compõem uma trama de vida e morte, da qual igualmente participamos todos nós, os bichos pensantes. Que necessidade tem alguém de ser cronista? – podem vocês me perguntar. O que leva alguém a escrever sobre teias e aranhas? Minha resposta é crua como a natureza: os cronistas também comem. E como não sabem fazer teias, tecem palavras, e acabam atendendo a necessidade de quem gosta de ler. A pequena aranha, com sua pequena teia, leva a gente a pensar na vida, no trabalho, na morte. A natureza está a todo momento explicando suas verdades para nós. Se eu soubesse a origem e o fim dessas verdades todas, acredite, leitor, esta crônica teria um melhor arremate.
                                                                      (Virgílio Covarim)


segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Testamento, de Manuel Bandeira

Testamento

O que não tenho e desejo
É que melhor me enriquece.
Tive uns dinheiros - perdi-os...
Tive amores - esqueci-os.
Mas no maior desespero
Rezei: ganhei essa prece.
Vi terras da minha terra.
Por outras terras andei.
Mas o que ficou marcado
No meu olhar fatigado,
Foram terras que inventei.
Gosto muito de crianças:
Não tive um filho de meu.
Um filho!... Não foi de jeito...
Mas trago dentro do peito
Meu filho que não nasceu.
Criou-me, desde eu menino
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!
Não faço versos de guerra.
Não faço porque não sei.
Mas num torpedo-suicida
Darei de bom grado a vida
Na luta em que não lutei!

Crase


terça-feira, 10 de julho de 2018

A borboleta preta - Machado de Assis


                                                          A borboleta Preta
“No dia seguinte, como eu estivesse a preparar-me para descer, entrou no meu quarto uma borboleta, tão negra como a outra, e muito maior do que ela. Lembrou-me o caso da véspera, e ri-me; entrei logo a pensar na filha de D. Eusébia, no susto que tivera, e na dignidade que, apesar dele, soube conservar. A borboleta, depois de esvoaçar muito em torno de mim, pousou-me na testa. Sacudi-a, ela foi pousar na vidraça; e, porque eu a sacudisse de novo, saiu dali e veio parar em cima de um velho retrato de meu pai. Era negra como a noite. O gesto brando com que, uma vez posta, começou a mover as asas, tinha um certo ar escarninho, que me aborreceu muito. Dei de ombros, saí do quarto; mas tornando lá, minutos depois, e achando-a ainda no mesmo lugar, senti um repelão dos nervos, lancei mão de uma toalha, bati-lhe e ela caiu.
Não caiu morta; ainda torcia o corpo e movia as farpinhas da cabeça. Apiedei-me; tomei-a na palma da mão e fui depô-la no peitoril da janela. Era tarde; a infeliz expirou dentro de alguns segundos. Fiquei um pouco aborrecido, incomodado.
— Também por que diabo não era ela azul? disse comigo.
E esta reflexão, — uma das mais profundas que se tem feito, desde a invenção das borboletas, — me consolou do malefício, e me reconciliou comigo mesmo. Deixei-me estar a contemplar o cadáver, com alguma simpatia, confesso. Imaginei que ela saíra do mato, almoçada e feliz. A manhã era linda. Veio por ali fora, modesta e negra, espairecendo as suas borboletices, sob a vasta cúpula de um céu azul, que é sempre azul, para todas as asas. Passa pela minha janela, entra e dá comigo. Suponho que nunca teria visto um homem; não sabia, portanto, o que era o homem; descreveu infinitas voltas em torno do meu corpo, e viu que me movia, que tinha olhos, braços, pernas, um ar divino, uma estatura colossal. Então disse consigo: Este é provavelmente o inventor das borboletas. A ideia subjugou-a, aterrou-a; mas o medo, que é também sugestivo, insinuou-lhe que o melhor modo de agradar ao seu criador era beijá-lo na testa, e beijou-me na testa. Quando enxotada por mim, foi pousar na vidraça, viu dali o retrato de meu pai, e não é impossível que descobrisse meia verdade, a saber, que estava ali o pai do inventor das borboletas, e voou a pedir-lhe misericórdia.
Pois um golpe de toalha rematou a aventura. Não lhe valeu a imensidade azul, nem a alegria das flores, nem a pompa das folhas verdes, contra uma toalha de rosto, dois palmos de linho cru. Vejam como é bom ser superior às borboletas! Porque, é justo dizê-lo, se ela fosse azul, ou cor de laranja, não teria mais segura a vida; não era impossível que eu a atravessasse com um alfinete, para recreio dos olhos. Não era. Esta última ideia restituiu-me a consolação; uni o dedo grande ao polegar, despedi um piparote e o cadáver caiu no jardim. Era tempo; aí vinham já as próvidas formigas… Não, volto à primeira ideia; creio que para ela era melhor ter nascido azul.”

Teste de percepção 2

https://www.youtube.com/watch?v=AjBbHbfzwWc

Teste de percepção


https://www.youtube.com/watch?v=iKf8MyHg1qA

domingo, 8 de abril de 2018

Como o Brasil entrou na Segunda Grande Guerra?


https://www.youtube.com/watch?v=iH2TICEqEVg

Modelo de Roteiro com Base  na Peça: O Auto da Compadecida


Gênero Dramático: 

Ao gênero dramático, pertencem as obras que foram produzidas para serem encenadas sobre o palco. Logo, para que um texto dramático se concretize, é imprescindível que ele conte com a participação de atores (elenco), de um diretor ou diretores (que vão dirigir as cenas), de sonoplastas (arranjadores musicais), de iluminadores, de maquiadores, de figurinistas (é importante que as roupas sejam de acordo com a época representada, com exceção de uma obra adaptada para outro período), de roteiristas, de cenógrafos e grande equipe técnica. É claro que um texto dramático pode ficar apenas no papel, ou seja, sem ser encenado, no entanto, ele foi feito para ser levado ao palco e, por isso, possui algumas peculiaridades inexistentes no gênero lírico e narrativo. Como, por exemplo:

Em um Gênero Lírico é importante observar o Eu-Lírico – a voz que fala no texto. É um texto dividido em estrofes. No Gênero Narrativo, é importante observar o tipo de narrador que conta a história (Personagem, Observador ou Onisciente), além disso, o texto é dividido em capítulos. Já no Gênero Dramático, há a presença das rubricas, que são observações importantíssimas aos atores e diretores para saberem agir e de que forma agir no palco (o palhaço atravessa o palco e sai de cena - entram as outras personagens cantando). Uma outra característica do Gênero Dramático é que os textos são compostos, quase que em sua totalidade, por discurso direto – quando a fala da personagem é exposta literalmente. 



Exemplo  baseado em uma peça teatral, que além de ter sido encenada diversas vezes,  foi transformada em filme.





O Auto da Compadecida foi escrito com base em romances e histórias populares do Nordeste. Sua encenação deve, portanto, seguir a maior linha de simplicidade, dentro do espírito em que foi concebido e realizado. O cenário (usado na encenação como um picadeiro de circo).  O autor gostaria de deixar claro que seu teatro é mais aproximado dos espetáculos de circo e da tradição popular do que do teatro moderno.


Rubrica - Ao abrir o pano, entram todos os atores, com exceção do que vai representar Manuel, como se tratasse de uma tropa de saltimbancos, correndo, com gestos largos, exibindo-se ao público.

Se houver algum ator que saiba caminhar sobre as mãos, deverá entrar assim. Outro trará uma corneta, na qual dará um alegre toque, anunciando a entrada do grupo. Há de ser uma entrada festiva, na qual as mulheres dão grandes voltas e os atores agradecerão os aplausos, erguendo os braços, como no circo. A atriz que for desempenhar o papel de Nossa Senhora deve vir sem caracterização, para deixar bem claro que, no momento, é somente atriz. Imediatamente após o toque de clarim, o Palhaço anuncia o espetáculo.

PALHAÇO, grande voz
Auto da Compadecida! O julgamento de alguns canalhas, entre os quais um sacristão, um padre e um bispo, para exercício da moralidade.
Toque de clarim.

PALHAÇO
A intervenção de Nossa Senhora no momento propício, para triunfo da misericórdia.
Auto da Compadecida!

Toque de clarim


A COMPADECIDA

A mulher que vai desempenhar o papel desta excelsa Senhora, declara-se indigna de tão alto mister.
Toque de clarim.

PALHAÇO

Ao escrever esta peça, onde combate o mundanismo, praga de sua igreja, o autor quis ser representado por um palhaço, para indicar que sabe, mais do que ninguém, que sua alma é um velho catre, cheio de insensatez e de solércia. Ele não tinha o direito de tocar nesse tema, mas ousou fazê-lo, baseado no espírito popular de sua gente, porque acredita que esse povo sofre, é um povo salvo e tem direito a certas intimidades.
Toque de clarim.

PALHAÇO

Auto da Compadecida! O ator que vai representar Manuel, isto é, Nosso Senhor Jesus Cristo, declara-se também indigno de tão alto papel, mas não vem agora, porque sua aparição constituirá um grande efeito teatral e o público seria privado desse elemento de surpresa.
Toque de clarim.

PALHAÇO
Auto da Compadecida! Uma história altamente moral e um apelo à misericórdia.

JOÃO GRILO
Ele diz “à misericórdia”, porque sabe que, se fôssemos julgados pela justiça, toda a nação seria condenada.

PALHAÇO
Auto da Compadecida! (Cantando.) Tombei, tombei, mandei tombar!

ATORES (Respondendo ao canto)
Perna fina no meio do mar.

PALHAÇO
0i, eu vou ali e volto já.

ATORES, saindo
Oi, cabeça de bode não tem que chupar.

PALHAÇO
O distinto público imagine à sua direita uma igreja, da qual o centro do palco será o pátio. A saída para a rua é à sua esquerda.

(Essa fala dará ideia da cena, se adotar uma encenação mais simplificada e pode ser conservada mesmo que se monte um cenário mais rico.) O resto é com os atores. Aqui pode-se tocar uma música alegre e o Palhaço sai dançando. Uma pequena pausa e entram Chicó e João Grilo.

JOÃO GRILO
E ele vem eu estou desconfiado, Chicó. Você é tão sem confiança!

CHICÓ
Eu, sem confiança? Que é isso, João, está me desconhecendo? Juro como ele vem. Quer benzer o cachorro da mulher para ver se o bicho não morre. A dificuldade não é ele vir, é o padre benzer. O bispo está aí e tenho certeza de que o Padre João não vai querer benzer o cachorro.

JOÃO GRILO
Não vai benzer? Por quê? Que é que um cachorro tem de mais?

CHICÓ
Bom, eu digo assim porque sei como esse povo é cheio de coisas, mas não é nada demais.
Eu mesmo já tive um cavalo bento.

JOÃO GRILO
Que é isso, Chico? (Passa o dedo na garganta.) Já estou ficando por aqui com suas histórias. É sempre uma coisa toda esquisita.

Quando se pede uma explicação, vem sempre com “não sei, só

sei que foi assim”.

[...]

Fragmentos da Peça  O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna


Observações:

Adaptar um romance para o teatro,  ou mesmo para o cinema, não é uma tarefa muito fácil, pois exigirá planejamento do grupo, uma vez que são linguagens diferentes.  O primeiro passo é definir se será o livro todo ou cenas específicas e a partir disso, construir o roteiro.
No caso específico de um Curta – deve-se ater para o  tempo limite de exibição. Além disso, especificar, no final do vídeo,  os responsáveis por cada parte do Curta:
·        Roteiro
·        Diretor de cena
·        Sonoplastia
·        Figurino
·        Atores
·        Cenário
·        Edição de imagens
·        Participação Especial (Caso houver)

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O casal Arnolfini - análise da pintura

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